Desenvolvemos o produto após longos meses de pesquisas de mercado, com público de variadas idades. Percebemos que existe uma demanda real pelo produto.
Ele é ao mesmo tempo útil, necessário, divertido, bonito, simples, luxuoso, viciante, sustentável, aparentemente revolucionário, mas profundamente conservador. E, principalmente, descartável. Todos vão querer consumi-lo. Até cansarem. Depois podemos oferecer outro similar, e então outro, sempre com investimentos e riscos progressivamente menores.
A estratégia de venda é simples: bombardeio midiático massivo, contínuo e constante. Quando o público espantar, não pensará mais em outra coisa. O produto habitará seus sonhos; estarão famintos por ele. Em pouco tempo será uma referência incontornável, ditando tendências e comportamentos. O consumidor médio mal saberá onde ele próprio termina e onde começa o produto.
Para as crianças, será uma babá, um ídolo, um herói e uma figura materna. Para os jovens, será um líder, um amigo e um modelo. Para as mulheres, será um filhote e um amante. Para os homens, um brinquedo, um objeto de desejo e um símbolo de virilidade.
Em suma, depois do produto, o mundo será completamente diferente, mas continuará exatamente o mesmo.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
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