Olhei o passado infinito,
Em transe, sono, pesadelo,
Um mar sangrento
Rugia sem paz
De todo lado,
Flutuantes cadáveres,
Ruínas castigadas,
Por onda, vento, chuva
O sangue turbulento
Ruge, ruge, rouge
Açulado por mil carrascos,
Fantasmas da História
"Ô, peuple, Océan!"
Ásia e Europa,
América, África,
Oceania,
Sangram lágrimas
Átilas e Napoleões,
Hitlers e Bushs
Fulguram sinistros
Na noite sombria
Massacres religiosos,
Festins canibais,
Fogueiras de fé,
Brilham vorazes
Revolucionários e ditadores,
Resistentes e conquistadores,
Cruéis e malditos,
Gritam, matam, se devoram
O pesadelo horrendo
Me envolve,
Tortura, ilude,
Apavora
Olho para o alto:
Estrelas brilham
No Céu,
Mais infinito que o Oceano...
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Um comentário:
"Átilas e Napoleões,
Hitlers e Bushs
Fulguram sinistros
Na noite sombria"
"Revolucionários e ditadores,
Resistentes e conquistadores,
Cruéis e malditos,
Gritam, matam, se devoram"
Muito inspirado!
A visão desse "passado" infinito me fez pensar. Esse passado sem fim é também presente e futuro! Perfeito. Se não foi isso que você quis dizer fico satisfeito assim mesmo com a interpretação que o poema proporcionou-me.
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