sexta-feira, 8 de abril de 2011

Floresta das brumas

Durante muito tempo cavalgou
Em planícies férteis,
Dias ensolarados,
Acariciados pela morna brisa

A vida ria e cantava,
Célere passava o tempo,
Mas chegou à floresta

Floresta de brumas,
Da densa névoa
E do frio ar

Nada é o que parece,
Tudo parece o nada
Segue perdido,
Na sombria mortalha

Na floresta, nada há,
Árvores, animais ou vida,
Apenas bruma infinita,
O nada gelado

O olhar só vê escuridão,
O ouvir só encontra silêncio,
O sentir só traz o frio,
O coração só tem solidão

Cego,
Desesperado,
Sozinho,
Seguia o herói

Desbravador do vazio,
Explorador do nada,
Seguia ainda assim

Sua fé o guiava,
No fundo da alma,
Sabia o caminho

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