Durante muito tempo cavalgou
Em planícies férteis,
Dias ensolarados,
Acariciados pela morna brisa
A vida ria e cantava,
Célere passava o tempo,
Mas chegou à floresta
Floresta de brumas,
Da densa névoa
E do frio ar
Nada é o que parece,
Tudo parece o nada
Segue perdido,
Na sombria mortalha
Na floresta, nada há,
Árvores, animais ou vida,
Apenas bruma infinita,
O nada gelado
O olhar só vê escuridão,
O ouvir só encontra silêncio,
O sentir só traz o frio,
O coração só tem solidão
Cego,
Desesperado,
Sozinho,
Seguia o herói
Desbravador do vazio,
Explorador do nada,
Seguia ainda assim
Sua fé o guiava,
No fundo da alma,
Sabia o caminho
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